9 de novembro de 2016

Nintendo Switch: Tiro no alvo ou no pé?


Alô calangos!

Hoje é dia de um texto diferente e eu tenho pensando nisso tem um tempo. Já ouviu falar do console híbrido da Nintendo, o Switch? Pois é.

Ele é, definitivamente, uma interrogação gigante, que só confirmaremos ano que vem, mas aqui hoje trarei raciocínios acerca deste potencial grande console que vem aí, de forma um tanto otimista.


A idéia por trás do Switch

O Nintendo Switch é um console híbrido, isto é, de mesa E portátil. Uma idéia interessante dos orientais da turma do Mario, mas será que vai dar certo?

Na minha concepção, ele é nada mais nada menos que o filho de Nintendo DS e Wii U, levemente mutante depois de dar um passeio em Fukushima.

Apesar de ficar bem claro que o foco inicial dele é ser um console de mesa, temos que considerar que o principal intuito de se possuir um console hoje é justamente o conforto e praticidade (que alguns estranhamente não visualizam num PC), logo partindo daqui temos um potencial de conforto e praticidade únicos.

Nota extra irônica: Se você comprou um PS4/Xbox One no Brasil, por conta de meia dúzia de exclusivos: ou você não tem amor ao seu dinheiro ou você é bem rico (ou tem sobrando mesmo). 

// Paraguay is nearby also...


NVIDIA e Nintendo: o que esperar disso?

Primeiramente é bom trazer à tona uma observação: PS4 e Xbox One rodam em plataformas da AMD. A NVIDIA é líder do mercado de placas de vídeo atualmente, e é a que mais consegue trazer melhorias e otimizações globais para seus dispositivos (sempre mesclando melhorias claras de desempenho e redução de custo de energia, mas sim tem seus erros também).

A NVIDIA já fez suas aventuras no mundo dos portáteis, vide o NVIDIA Shield; considerando que ela teve um bom lucro com o passar do tempo, ter ao seu lado uma gigante histórica do mercado de games pode ser o que falta pra encabeçar uma real revolução portátil, ou melhor, híbrida.

O importante a se pensar aqui é: a NVIDIA iria arriscar sua reputação muito boa no mercado dos PCs e mobile pra se aventurar numa doidera da Nintendo? Pra mim não, o que vier daqui vai ser algo bem interessante.

Um ponto bom pra se levantar é que o NVIDIA Shield Tablet K1 (último tablet potente deles), que usa o chip Tegra K1 é feito na arquitetura Kepler, isto é, anterior à primeira Maxwell (bem menos otimizada). Os últimos chips da linha NVIDIA Tegra são o Tegra X1 (um dos considerados como a base pro Switch), já na Maxwell (mais econômica) e o Tegra "Parker" já na Pascal (também cotado pra ser usado no Switch).

Pegando estes pontos por alto podemos concluir algumas coisas... vamos seguindo.


Como ter quase certeza que o Switch será um fracasso
  • Não vir na arquitetura NVIDIA Pascal ou melhor;
  1. Um verdadeiro tiro no pé vir em algo inferior (que eu acho difícil); a arquitetura Pascal traz benefícios realmente necessários para as propriedades deste console: baixo consumo de energia e mais potente.
  • Não ter um console "minimamente potente" em comparação com as versões básicas do PS4 e Xbox One;
  1. O povo cansou de consoles fracos, é evidente que, ao menos pro ocidente, um hardware potente é necessário e atraente pro mercado global.
  2. O tiro no pé aqui vai ser maior pra NVIDIA, pois ela vai estar dando com a cara na parede e definitivamente entregando o mundo dos consoles tradicionais pra AMD (considerando a disputa entre elas).
  • Ter uma bateria pouco durável;
  1. Conhece o Game Gear, o portátil que não durava muito ligado? Pois é, agora pense num super console híbrido que não segura umas poucas horas ligado. BINGO!
  2. Também fazem comparações com o NVIDIA Shield Tablet K1, que dura cerca de 6 hrs de gameplay mas já é antigo e não creio que pegar isto como base seja algo tão sensato, logo é possível ser bem otimista aqui.
  • Não honrar suas parcerias;
  1. Um dos fatores principais no primeiro anúncio do Switch foram as parceiras com tantas desenvolvedoras; a Nintendo precisa honrar e apoiar estas desenvolvedoras de forma consistente. 
  2. Um bom review de um game lançado no Switch, e melhor que nas outras plataformas, pode ser a alavancada que o console precisa pra ganhar o mundo; a cooperação entre todos os envolvidos é algo fundamental pra isto.
  • Não possuir lançamentos de alto impacto;
  1. Um fator crítico: se o Switch conseguir explorar com sucesso franquias diversas fora de sua zona de conforto, será um ponto super positivo pra aceitação no resto do mundo (afinal duvido muito que os japoneses repudiarão ele, mesmo que seja bem fraco).
  2. Aqui o problema maior são os jogos externos ao "universo amável da Big N", isto é, jogos que não sejam das franquias Mario, Zelda, etc.
  • Não possuir um preço competitivo.
  1. Sim, o preço. Se ele custar menos que o Xbox One e o PS4 básicos será uma vantagem louvável nesta guerra.
  2. Também temos que considerar qualquer outro custo adicional, afinal PSN e Live são pagas, e os jogos não costumam ser de graça.
  3. Este console potencialmente trará periféricos/acessórios variados. O preço deles também não pode ser exorbitante.

A aceitação do público

Do pouco que pôde ser visto, ficou evidente que a galera até apreciou a idéia, mas estão meio que encima do muro. Um exemplo é esta pesquisa da IGN.

Pra mim, foi algo interessante, mas pra quem vive num país com economia frágil e com inflação elevada será um problemão pagar tanto por um console fraco ou que demore muito pra mostrar bons jogos/utilidades, ainda mais porque meu PC me satisfaz 100% (mesmo não sendo o mais potente).

Se você não viu, este foi o vídeo de apresentação do Switch:




O que eu realmente espero

Pra ser sincero, baseado no que eu li por semanas, eu espero o seguinte:
  • Um console híbrido com "potência nominal" inferior aos consoles concorrentes;
  • Uma plataforma de desenvolvimento bem otimizada, que compensa o hardware menos potente.
  • Muitos jogos de franquias famosas;
  • Um preço potencialmente competitivo;
  • Uma baterial razoável (+-7 horas de duração de jogo constante)
  • Tablets e minicontroles sendo quebrados e virando memes.

A inovação é evidente, agora temos que esperar a competitividade, e claro, os anúncios.

Vamos torcer pra que algo bom venha, eu sinto muita falta dos tempos em que passava tardes e mais tardes com meus primos jogando N64 (que pra mim foi o console mais ok deles depois do SNES); foi uma época boa e eu realmente gostaria de ver isto ocorrendo nas gerações atuais, com um console bom e mostrando que a velha Nintendo está mais viva do que nunca.

No fim, chutar qualquer coisa agora é, literalmente, um tiro no escuro. A surpresa pode ser muito maior do que esperamos (pra bem ou mal).

Se você quer uns links sobre o assunto, segue abaixo:
Link, Link, Link, Link, Link, Link e Zelda. Extra.. mais um? Esse é bem legal.

Edit (14/11): Informações interessantes novas.

Se tiverem qualquer correção, manda ai que eu adiciono no texto! :D

Flw pessoal, até a próxima! o/